segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Igreja é uma família, explica padre Joãozinho



Pe. Joãozinho, scj

Sabemos que a família é o “santuário da vida”, como gostava de dizer o nosso saudoso São João Paulo II. Significa que cada lar é um verdadeiro templo. Os pais são os sacerdotes da casa; assumiram, no dia do casamento, o compromisso de “educar os filhos na fé cristã”. Por isso, é em casa que se deve receber as primeiras lições de catequese.

É bonito ver famílias em que a fé é vivida em torno da mesa, por meio da oração. Já se disse que a família que reza unida, permanece unida. Os pais recebem a autoridade para abençoar seus filhos. Antigamente era comum que os filhos pedissem a bênção a seus pais. Hoje, precisamos recuperar essas coisas simples, mas muito importantes. A família é uma Igreja, e o contrário também é verdade: a Igreja é uma família. Ao menos deveria ser.

A Igreja não é uma empresa nem uma sociedade civil. Não é um clube, mas uma família de irmãos. Se os pais são sacerdotes do lar, o padre é pai do povo na paróquia. É casado com a comunidade.

Ao entrar em uma Igreja,  devemos ter a mesma sensação de um filho que entra na casa dos pais. Não podemos ser como estranhos na comunidade. A Igreja é a nossa casa. Aliás, somos parte desse corpo, que é o “corpo místico de Cristo”.
O Papa Francisco gosta de falar da “Igreja em saída”, ou seja, de portas abertas. É um lugar de acolhida para quem chega, mas também um pondo de partida onde encontramos forças para sair em missão.

Quando vivemos essas duas dimensões: família-Igreja e Igreja-família, somos verdadeiramente católicos, ou seja, gente que tem o Cristo todo para anunciá-Lo a todos.

Somos “evangélicos”, pois vivemos e testemunhamos o Evangelho. Somos “crentes”, porque vivemos a nossa fé na vida. Somos da “assembleia de Deus”, reunida na Eucaristia. Somos “protestantes”, quando denunciamos toda forma de injustiça. Somos a Igreja do pão e da graça. Somos uma comunidade verdadeiramente mundial e universal. E, além disso, temos Maria como Mãe. Não somos órfãos. Por isso, “sou feliz por ser católico”!

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Acenda uma luz




AMIGO É UM TESOURO

Dom Itamar Vian - Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana-Bahia

Nos últimos anos surgiram datas alusivas aos mais diferentes acontecimentos e formas de relacionamento humano. Além de festas religiosas, temos festas sociais. E hoje são tantos os dias de Jestejar alguma coisa que muitos passam até despercebidos. Entre eles está o Dia do Amigo, 20 de julho.

VOCÊ tem muitos amigos? Quais são seus verdadeiros amigos e amigas? A amizade surge na vida da gente em momentos até inesperados: numa viagem, num comércio, numa fila de hospital ou num momento de dor, de acidente, de morte ou de grande necessidade.

A AMIZADE exige certa forma de igualdade, de maturidade e de reciprocidade. A amizade se baseia na confiança mútua; faz os amigos se abrirem um ao outro, comunicando seus mais íntimos pensamentos. Os amigos não têm segredos um para o outro. Eles partilham dores e alegrias. Eles se entendem, se aceitam como são. Os amigos se inspiram e se estimulam mutuamente a crescerem.

RESGATAR o sentido da amizade é um dos grandes desafios da vida humana. A amizade, hoje, volta a ser a aspiração mais forte do coração humano. Certamente, o dom da amizade é o mais necessário para que se crie uma nova humanidade. Ter um amigo – seja para estudar, brincar, conversar, cantar ou chorar – é ter a certeza de que temos alguém ao nosso lado, sem interesses. É ter uma pessoa compreensível e verdadeira. Dividir com os amigos as alegrias e tristezas é a prova maior de que a amizade é sincera.

O LIVRO do Eclesiástico apresenta o amigo como um presente de Deus: “O amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura e os que temem o Senhor o encontrarão. Quem teme o Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo” (6, 14-17).

JESUS nos chama de amigos: “Não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi do Pai” (Jo 15,15). Jesus estabelece uma nova relação com seus discípulos. Não uma relação de submissão, de executar ordens, mas de amigos, de irmãos. Ter um amigo é jamais sentir-se só. É ter um tesouro. Jesus é nosso amigo!


Fonte: Fé Católica

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Educação dos filhos na fé

Emilia Briand- Psicóloga, e do Discipulado da Comunidade Face de Cristo

Os pais são cooperadores do Criador na formação da vida quando acolhem com amor a maior de todas as missões dada por Deus ao homem: gerar seus filhos à Sua imagem e semelhança. Educar na fé e no amor é a principal tarefa dos pais.
Os primeiros catequistas das crianças são seus pais. Desde a mais tenra idade a criança deve ser ensinada pelos seus pais a conhecer a Deus, aprender com eles a rezar, a dar os seus primeiros passos na fé, ouvir pela primeira vez falar sobre Jesus Cristo e seus mandamentos.

Muitos pais batizam seus filhos, mas esquecem do real valor do batismo. É nele que se inicia a vida de fé do ser humano. Os pais são os responsáveis por levá-los para serem batizados, por dar-lhes as primeiras catequeses, inseri-los na primeira comunhão e na crisma. São os genitores que devem mostrar para seus filhos a importância dos sacramentos em suas vidas. Eles não devem somente mandar seus filhos à igreja, mas levá-los a ela, principalmente aos domingos.

É vendo seus pais se ajoelharem para rezar que um filho se torna religioso. A melhor maneira de educar na fé é pelo exemplo. Se os pais rezam, os filhos também aprendem a rezar. Se os pais vivem em conformidade com a lei de Deus, os filhos também vão viver assim.

Educar os filhos na fé é guiá-los, instruí-los e discipliná-los, além de seguir todos os ensinamentos deixados por Cristo. Assim os pais devem ensiná-los pautados nos princípios cristãos, na doutrina da igreja, na palavra de Deus. E nada melhor do que a Bíblia Sagrada para servir de orientação na formação das crianças.
Sabemos que a tarefa de educar nossos filhos é algo muito especial, porém muito difícil. Precisamos conquistá-los, pois, quando assim o fazemos, fica menos complicada essa tarefa.

Educar na fé é ainda mais especial, pois é ensinar a caminhar nessa vida seguindo os passos de Jesus, nosso Mestre e Senhor, e isso não é nada fácil quando vivemos num mundo marcado pelo egoísmo, pelo relativismo, pelo consumismo e pela ganância.
Os pais, com confiança, coragem e fé, devem instruir os filhos para os valores essenciais da vida humana. A formação cristã dos filhos é uma tarefa insubstituível dada aos pais cristãos pelo próprio Deus. Os pais têm o direito e o dever de educar seus filhos de acordo com suas convicções morais e religiosas.

São João Paulo II, o nosso “papa das famílias” disse que: “O ato de educar é o prolongamento do ato de gerar”. Gerar significa dar início a uma posterior “geração” gradual e complexa, através do nosso processo educativo. É num lar essencialmente cristão que acontece a mais bela evangelização. São os pais os primeiros a inserirem a fé cristã nos corações de seus filhos. A família é o primeiro canal de transmissão da fé. E ela deve ser sempre uma escola de fé, caridade, comunhão e fraternidade.

Os pais devem plantar pequenas sementes diárias de fé no coração de seus filhos. Isso só pode ser feito quando os mesmo têm uma vida pessoal de entrega a Deus e de oração, só assim terão possibilidade de levarem Deus para a rotina de seu rebento.


Com paciência, carinho, amor e dedicação devem ir explicando o que é viver uma vida pautada nos ensinamentos de Cristo, apoiando-se nas leituras Sagradas para mostrar-lhes que Deus deve estar presente prioritariamente em suas vidas, que eles devem colocá-Lo no centro e que devem buscá-Lo sempre em todas as circunstâncias.

Ao adotarem uma postura de respeito e amor pelas coisas de Deus, os pais levarão seus descendentes ao entendimento do que é viver a vontade de Deus e eles começarão a absorver “as coisas do alto”. Se esses progenitores tiverem uma fé vazia, não a alicerçarão nos corações dos filhos, pois eles estão os observando muito mais do que aparentam. Eles podem se aproximar de Deus por causa da vida cristã dos seus pais ou podem se afastar de Deus por não encontrarem na postura cristã dos pais coerência, verdade e amor.

Sem a família vivendo conforme a vontade de Deus, não será possível uma nova evangelização, pois a família é a primeira evangelizadora de cada homem no mundo.



Imagem Google

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O trigo do rabino



Dom Pedro José Conti - Bispo de Macapá (AP)

Quando percebiam a presença do rabino Eleazar, o homem de Birta, os coletores de esmolas se escondiam porque ele lhes dera tudo o que possuía. Um dia, o rabino foi à feira comprar um dote
para a sua filha. Os coletores de esmolas o perceberam e se esconderam. Mas ele se pôs a correr atrás deles:

- Eu vos conjuro, de que boa obra vos ocupais?

- De um órfão e de uma órfã...

- Pelo culto do templo! – respondeu ele. - Que passem na frente da minha filha!

Ele pegou tudo o que levava e lhes deu. Ficou com uma única moeda. Comprou trigo, foi ao alto do celeiro e o atirou.

– Que te trouxe o teu pai? – perguntou sua mulher à filha.

– Tudo o que tinha atirou no celeiro.

A mulher foi abrir a porta do celeiro. Ela viu que ele estava cheio de trigo, a ponto de escaparem grãos pelas frestas da porta, que nem se abria, tanto era o trigo... A filha foi à sala de estudos, onde o pai lia o Talmude, e lhe disse: Vem ver o que fez por ti Aquele que te ama!

Ele lhe disse: Pelo culto do Templo! Esse trigo será sagrado para ti. Só usarás dele uma parte igual a cada pobre de Israel...

Uma história de grande generosidade premiada, mais ainda, pela graça de Deus. Todos poderíamos contar algum caso semelhante. Existem situações nas quais as pessoas conseguem doar algo sem medir as consequências, simplesmente por se sentirem tocadas pelas necessidades do outro. Em geral, as campanhas promovidas para socorrer pessoas, famílias e, às vezes, países inteiros, marcados por calamidades, conseguem bons resultados. Quando quer, o coração humano consegue se colocar, ao menos por alguns momentos, na situação sofrida do irmão e decide ajudar. No entanto, tenho certeza, saberíamos lembrar também muitos exemplos contrários.

Quantas vezes tomamos conhecimento de casos dolorosos e, imediatamente, encontramos o responsável pela desgraça. Tudo para lavar as nossas mãos. Os noticiários estão recheados de desastres, chacinas, acidentes, ações terroristas. Os estudiosos da mídia dizem que as cenas de violência, verdadeiras ou reconstruídas nos filmes e seriados, são tantas, que acabamos não só misturando realidade e ficção, mas também nos acostumando. Respiramos violência, sofrimento e morte. Ficamos insensíveis e assim, logo, apagamos tudo da nossa memória. Verdade e mentira.

Preocupados com a educação das crianças, alguns países chegaram a proibir a venda de armas de brinquedo. Outros procuram controlar o uso de armas e a sua venda, organizam campanhas para o desarmamento da população. São todas ações louváveis se acompanhadas por uma educação à paz e à convivência pacífica. Somente se tivermos bons sentimentos saberemos respeitar a vida e os direitos dos outros. Com efeito, se cultivamos ódio no coração, qualquer objeto pode se transformar numa arma para machucar, ferir e até matar o irmão. Em geral, desde criança, aprendemos a nos defender dos outros. Depois crescemos, mas dificilmente desaprendemos aquilo que se ensina até no jogo de futebol: que a melhor defesa é o ataque! Só que a vida não é um jogo.

No evangelho deste domingo, Jesus nos pede para mudar a nossa maneira de pensar e de agir. Segundo o nosso bom senso, o bem feito a quem nos prejudica é um inútil excesso de bondade que nos faz parecer medrosos e bajuladores. O amor aos inimigos é um absurdo ou algo de simplesmente impossível. Inimigo é para ser derrotado e humilhado. Ter “sangue de barata” é uma vergonha. E assim poderíamos continuar.

Talvez, graças a Deus, não passamos a nossa vida brigando com todo o mundo, mas ajudar, fazer o bem, também acaba perdendo sentido para nós. Não é por nada que os últimos papas nos alertam sobre a “globalização da indiferença” e nos convidam a trabalhar para a “globalização da solidariedade”. Talvez não tenhamos tantos inimigos para odiar, mas também temos pouquíssimos amigos para amar. Menos ainda queremos ter irmãos para ajudar.

O amor ao próximo não pode ser reservado a casos extraordinários, deveria ser o jeito “ordinário” da nossa vida de cristãos. Só assim o celeiro do nosso amor ficará sempre transbordante. Como o do rabino.


Fonte: Portal Ecclesia

terça-feira, 1 de julho de 2014

Pão e Circo

Dom Alberto Taveira Corrêa - Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

A Roma Antiga conheceu uma prática popularmente chamada de "Pão e Circo", que previa o provimento de comida e diversão ao povo, para diminuir a insatisfação popular com os governantes. É que o crescimento urbano trouxera também os problemas sociais.


Muitas pessoas migraram para as cidades romanas, em busca de melhores condições de vida. A grande cidade conheceu então lutas de gladiadores nos estádios, onde também eram distribuídos os alimentos. Assim, muitos problemas eram esquecidos e diminuíam as chances de revolta. De lá para cá, diversão e alimento sempre entraram no menu das ofertas postas à disposição das massas em todo o mundo, ainda que mudem os tempos e as expressões com que as diversas culturas se manifestam.

Os espetáculos incluíram também a execução de tantos cristãos, homens e mulheres de todas as idades e condições sociais que derramaram seu sangue pelo nome de Jesus Cristo. Em Roma foi executado e sepultado, durante o reinado do imperador Nero, provavelmente no ano 64, o Apóstolo São Pedro. Sua execução foi um dos muitos martírios de cristãos na sequência do grande incêndio de Roma. Foi crucificado de cabeça para baixo, a seu próprio pedido, perto do Obelisco, no Circo de Nero. A tradição dá conta de que o local em que foi sepultado se tornou muito cedo meta de visitas e peregrinações e corresponde à Basílica construída na era constantiniana. Depois de muitas vicissitudes históricas, foi no século XX que se intensificaram as escavações no subsolo da atual Basílica de São Pedro. O Papa Pio XII, no Ano Santo de 1950, anunciou os resultados dos trabalhos feitos até então. Em 1953, foi dada a público a notícia de uma inscrição em língua grega, que diz "Petrós Ení, "Pedro está aqui". Em 1968, o Papa Paulo VI anunciou que as relíquias de São Pedro tinham sido identificadas de uma forma convincente.

O que sobrou do Circo de Nero? O que permaneceu da memória de Simão, aquele que o Senhor fez Pedro - Pedra? De construções da época pode ter ficado o pouco ou o muito que as descobertas arqueológicas identificam, mas de Pedro ficou a força do martírio, a ousadia da pregação e a força para estabelecer a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Ao seu lado, igualmente martirizado, encontra-se Paulo, mestre e doutor das nações, anunciador do Evangelho da Salvação. Em 2009, Bento XVI anunciou os resultados positivos das pesquisas feitas na Basílica de São Paulo fora dos Muros, com a confirmação da localização do túmulo do Apóstolo Paulo. São ajudas oferecidas pela ciência para confirmar que não foram mentes desvairadas que estabeleceram os fundamentos da vida da Igreja. Entretanto, permaneceu o mais importante, a transmissão coerente da fé. A herança recebida dos Apóstolos permanece viva e se transforma a cada dia em testemunho, para que a Boa Nova do Evangelho continue a ser anunciada.

O que permaneceu, perguntamos de novo, da herança deixada pelos Apóstolos? Ao celebrar a Solenidade de duas colunas da Igreja, colhemos a oportunidade para identificar o que a Igreja pode oferecer, já que não lhe cabe repetir as propostas de pão e circo. Mesmo quando eventos esportivos, como a Copa do Mundo de Futebol, ocupam o tempo dos Meios de Comunicação, arrebatam multidões e mexem com nosso brio brasileiro que se emociona de gol a gol, a Igreja sabe que deve oferecer mais e que lhe cabe fazer a diferença, num sadio espírito crítico, que ofereça caminhos de reflexão para as pessoas e comunidades.


Basta lembrar a encantadora mensagem do Papa Francisco, por ocasião da abertura da Copa do Mundo: "Quero sublinhar três lições da prática esportiva, três atitudes essenciais para a causa da paz: a necessidade de treinar”, o 'fair play' e a honra entre os competidores. Em primeiro lugar, o esporte ensina-nos que, para vencer, é preciso treinar. Podemos ver, nesta prática esportiva, uma metáfora da nossa vida. Na vida, é preciso lutar, treinar, esforçar-se para obter resultados importantes. O espírito esportivo torna-se, assim, uma imagem dos sacrifícios necessários para crescer nas virtudes que constroem o caráter de uma pessoa. Se, para uma pessoa melhorar, é preciso um treino grande e continuado, quanto mais esforço deverá ser investido para alcançar o encontro e a paz entre os indivíduos e entre os povos! É preciso treinar tanto!

O futebol pode e deve ser uma escola para a construção de uma cultura do encontro, ue permita a paz e a harmonia entre os povos. E aqui vem em nossa ajuda uma segunda lição da prática esportiva: aprendamos o que o 'fair play' do futebol tem a nos ensinar. Para jogar em equipe é necessário pensar, em primeiro lugar, no bem do grupo, não em si mesmo. Para vencer, é preciso superar o individualismo, o egoísmo, todas as formas de racismo, de intolerância e de instrumentalização da pessoa humana. Não é só no futebol que ser 'fominha' constitui um obstáculo para o bom resultado do time; pois, quando somos fominhas na vida, ignorando as pessoas que nos rodeiam, toda a sociedade fica prejudicada. A última lição do esporte proveitosa para a paz é a honra devida entre os competidores. O segredo da vitória, no campo, mas também na vida, está em saber respeitar o companheiro do meu time, mas também o meu adversário.

Ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida! Que ninguém se isole e se sinta excluído! Atenção! Não à segregação, não ao racismo! E, se é verdade que, ao término deste Mundial, somente uma seleção nacional poderá levantar a taça como vencedora, aprendendo as lições que o esporte nos ensina, todos vão sair vencedores, fortalecendo os laços que nos unem". O Papa parece um técnico do grande jogo da aventura humana, salientando aspectos fundamentais na estratégia da vitória que Deus quer para todos! À Igreja cabe tomar consciência dos sinais dos tempos, identificar os apelos de Deus através de um discernimento cuidadoso e trabalhar para que todos vivam num contínuo
processo de conversão e mudança sincera de vida.

O sucessor de Pedro de nosso tempo, Bispo de Roma e Papa Francisco, tem mostrado, para alegria de todos os cristãos, os rumos a serem seguidos para que não sejamos apenas artistas de um espetáculo esportivo com hora marcada para se encerrar, ou mesmo pessoas interessadas apenas no alimento ou no consumo desenfreado dos bens materiais, mas homens e mulheres que descobrem o sentido de sua vida no amor e na alegria da misericórdia que se espalhe, para curar o mundo ferido e cansado.

É uma forma diferente de celebrar o dia do Papa, neste final de semana. O mundo tem descoberto que Papa Francisco se revela a cada dia como uma figura eclesial e humana de porte inigualável, digno da herança de todos os seus antecessores, de Pedro a Bento XVI, passando por uma imensa galeria de homens escolhidos a dedo pela Providência Divina, que respeita as mediações humanas, mas se faz presente e toma a palavra nos momentos mais decisivos. Seus gestos e palavras têm edificado as pessoas e grupos que acorrem de todas as formas à profundidade de seus ensinamentos. O mundo já o reconhece como voz abalizada diante de todos os poderes existentes na sociedade, ainda que se faça sempre tão simples e aberto ao contato com todos. Deus seja louvado pelo seu ministério e seu testemunho!

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