“Bem-aventurados
os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!” (Mt 5,3)
O
Papa Francisco tem repetidamente alertado a Igreja quanto à necessidade de
viver a pobreza. Não foi um pronunciamento isolado. É algo que ele, como Pastor
da Igreja, considera essencial para o rebanho de Cristo: “Uma Igreja pobre para
os pobres”.
Mas
afinal, o que é esta pobreza tão enfatizada pelo nosso Papa?
E,
assim, acabam-se criando ilhas. Os pobres ficam isolados em sua miséria
enquanto os ricos acabam não enxergando esta pobreza e, quando a veem, não
sentem nada. É como ver alguém passando fome e não se sentir motivado a fazer
nada. Ou então saber que bilhões (bilhões mesmo, não é força de expressão) de pessoas
estão em situação crítica, e, ainda assim, agir como se não fosse problema seu.
Isto
não é comportamento de uma pessoa cristã. É isto que o Papa Francisco quer nos
fazer entender, e, consequentemente, que este entendimento nos mova, nos faça
sair da nossa zona de conforto.
Entre
outros ensinamentos sobre pobreza que o Papa já nos deu em tão pouco tempo,
gostaria de ressaltar este:
“Quando
eu ia confessar, eu muitas vezes colocava esta questão: ‘Você dá esmolas?’
‘Sim, padre’ ‘Ah, muito bem, muito bem’ E perguntava ainda outras coisas: ‘Me
diga, quando você dá esmolas, será que você olha nos olhos daquele a quem você
doa?’ ‘Ah, não sei, não me dei conta disso’ Segunda pergunta: ‘E, quando dá
esmola, toca a mão daquele a quem está dando a esmola, ou lhe joga a moeda?’
Este é o problema, a carne de Cristo, tocar a carne de Cristo, carregar os
ombros esta dor.”
Entender
que no pobre está Cristo. Se conseguirmos fazer isto, apenas isto, facilmente
conseguiremos viver profundamente a pobreza que o Papa pede à Igreja e a nós.
Ígor Guimarães
Consagrado Obra de MariaMissão Brasília
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